A pesquisa Panorama do Ecossistema de Impacto da América Latina 2022 é uma iniciativa da Latimpacto para entender as características, barreiras e oportunidades do ecossistema de investimento de impacto, a fim de estabelecer um roteiro para seu fortalecimento e crescimento.
Dados específicos sobre AUM, intenção de impacto ou veículos de investimento podem ser uma ferramenta para considerar serviços e projetos que aprimorem o conhecimento dentro do ecossistema. Por exemplo, a pesquisa que coletou informações de 101 atores do ecossistema para 2022 mostra que os principais veículos financeiros são doações (39%) e dívidas (15%) e os menos comuns são garantias (2,4%) e empréstimos subordinados (3,66), e que 25% dos atores do ecossistema usam capital catalítico.
Esses dados mostram as possibilidades de ação que redes como a Latimpacto podem desenvolver. No nosso caso, os dados serviram como ponto de partida para definir tópicos de treinamento, projetar ferramentas como o kit de ferramentas financeiras inovadoras, conduzir pesquisas como o estudo Catalytic Capital e desenvolver programas como a iniciativa de impacto corporativo.
Por sua vez, a identificação de boas práticas e barreiras demonstra quantitativamente
aspectos que eram "intuições" entre os setores, o que permite que ações sejam tomadas com uma perspectiva mais informada, e se consolidam como uma oportunidade para pensar os próximos passos.
- Boas práticas: O uso de indicadores e um sistema que permite monitorar o impacto (67%), a incorporação de uma teoria da mudança (61%) e a intenção de trabalhar com diferentes setores privados e/ou públicos para aumentar o impacto (56%).
- Barreiras: falta de colaboração entre os atores do ecossistema de impacto para mobilizar mais recursos (46,5%), ausência de um quadro regulatório eficiente ou adequado que incentive o investimento/doação para impacto (45,5%) e falta de conhecimento e/ou ferramentas práticas que permitam mensurar o impacto social e/ou ambiental (33,7%)
O exposto acima destaca a necessidade de gerar diálogo com o setor público e compartilhar dados e boas práticas para impactar as políticas públicas, um passo fundamental para os atores que implantam recursos ao longo do continuum de capital para explorar novos veículos financeiros e estratégias de geração de impacto.
Da mesma forma, teremos que continuar explorando a dinâmica da mensuração e transcender a mensuração da gestão ou do número de pessoas impactadas para entender as mudanças que estão (ou não) sendo geradas. A melhor maneira de avançar é dar o primeiro passo, testando metodologias e ferramentas de medição e compartilhando boas práticas, pois ainda não há uma resposta global sobre a maneira certa de fazer isso.
Convidamos você a conhecer os resultados aqui.
Se você não respondeu à pesquisa, convidamos você a fazê-lo em: Perspectiva do Ecossistema de Impacto na América Latina.