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O futuro da filantropia é on-line

A trajetória de Humanizar é orientado pelo criação de parcerias, para trabalho coletivo e coordenado que faz parte de nosso modelo de investimento filantrópico estratégico.

Nos últimos tempos, vimos novos arranjos de financiamento na filantropia colaborativa, reunindo diferentes atores para alavancar iniciativas e seu potencial de impacto.

Embora o conceito de Filantropia de risco (VPs) ainda não está consolidado na América Latina, muitos institutos e fundações da região já realizam trabalhos que absorvem alguns dos temas centrais dessa forma de filantropia de doadores.

O conceito se estende como fazer filantropia estratégica no ecossistema de impacto apoiar as organizações de forma mais eficaz, considerando ações sistematizadas com visão de longo prazo que aumentem o impacto social e ambiental positivo; mecanismos inovadores de financiamento e apoio ao desenvolvimento institucional das organizações, em busca de escala e sustentabilidade.

Foi em 2017 que tomei conhecimento pela primeira vez do trabalho desenvolvido pela rede de Filantropia de risco na Europa. O que vi foi muito inspirador e "lançou luz" sobre o que começaríamos a fazer para o planejamento do primeiro ciclo do Humanize, que nasceu naquele ano, resultado de um processo de transição de um portfólio familiar de Investimento Social Privado (ISP) para uma organização.

Nossa história começou em 2011, apoiando iniciativas voltadas para o desenvolvimento de cadeias de produtos sociais e da biodiversidade e outros temas como educação, gestão pública, planejamento urbano, desenvolvimento social, cultura e qualificação profissional. Hoje, Trabalhamos integrando estratégias e articulações para fortalecer a filantropia e apoiar as entidades de referência para o desenvolvimento sustentável do país, abordando as questões de impacto, governança e uso sustentável dos recursos naturais.

Em 2018, junto com o GIFE e outros investidores sociais, reunimos lideranças e organizações para levar o maior número possível de representantes da América Latina à conferência anual da European Venture Philanthropy Association (EVPA), na Polônia, reconhecida como o maior evento sobre o tema no mundo. A delegação era composta por 20 representantes de instituições do Brasil, Peru, Chile, México e Colômbia. Nossa delegação participou de vários seminários, workshops e debates.

A expressiva representatividade do grupo brasileiro foi importante para que pudéssemos compartilhar com outros filantropos, experiências de sucesso como fundos de blended finance e outras redes, em uma rica troca de aprendizado. Nossa participação nesse evento da EVPA foi um marco importante para iniciarmos esse caminho da filantropia colaborativa no Brasil, que já trazia experiências enriquecedoras, mas sem a consciência de um conceito global e de uma rede de troca de experiências. Essa missão nos orientou para o que seria a inauguração do processo de criação e estruturação da rede na América Latina, hoje conhecida como Latimpacto, da qual a Humanize é membro fundador.

Latimpacto rEle fortalece o vínculo de colaboração entre as organizações do Brasil e da Região, encurta o caminho do aprendizado, nos desafia e, acima de tudo, nos inspira. Embora tenhamos realidades socioeconômicas e políticas muito diferentes nos países que compõem a América Latina e o Caribe, a rede promove a conectar investidores de impacto com objetivos e problemas comunsOs novos membros, que ainda não estão envolvidos com Filantropia de risco. Um hub de mudanças climáticas já foi criado para conectar membros e investidores na agenda e, mais recentemente, a possibilidade de trabalhar na questão da Amazônia foi levantada dentro da rede.

Estamos cientes de que não resolveremos os problemas do Brasil sozinhos e precisamos pessoas que estão olhando na mesma direção, reunindo recursos e habilidades, aproveitando o acesso ao conhecimento, às conexões e aos serviços oferecidos por essa comunidade. Temos desafios comuns e muito a aprender uns com os outros.

É importante ter clareza sobre como a rede impacta positivamente a filantropia brasileira e seu potencial de amplificar nossa voz, atraindo e influenciando novos atores interessados no tema a se juntarem a nós. Toda vez que contamos uma história, abrimos um diálogo para disseminar a cultura da doação.

Acredito no potencial de mobilização e construção dessa rede, que conecta diferentes setores, como um caminho para a busca conjunta de soluções para gerar um impacto real e sustentável, para transformar territórios e realidades.

Georgia Pessoa, Diretora Executiva do Instituto Humanize e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Latimpacto.

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