
A inserção de carbono é um conceito relativamente novo que engloba a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia de valor corporativa. Com essa abordagem, as empresas assumem total responsabilidade por suas emissões, o que é fundamental para cumprir as metas de mitigação das mudanças climáticas do Acordo de Paris, já que o setor privado é considerado responsável por 84 % das emissões globais de GEE.
Embora o conceito ainda não seja muito difundido na América Latina, já existem empresas que o implementam de forma eficaz. Essa abordagem também está se tornando particularmente relevante devido à entrada em vigor de regulamentações internacionais, como a Diretiva Europeia sobre Desmatamento, que exige que as empresas demonstrem que seus produtos não contribuem para o desmatamento. As empresas que adotam a inserção de carbono podem manter sua vantagem competitiva ao cumprir as normas internacionais e até mesmo fortalecê-la ao atender às demandas de consumidores e investidores cada vez mais conscientes em relação à sustentabilidade...
Para ilustrar a aplicação prática dessa estratégia, foram selecionados três estudos de caso para demonstrar abordagens inovadoras em diferentes setores e regiões geográficas:



Esse estudo faz parte do Catalytic Green Fund1. Os recursos para seu desenvolvimento são provenientes do projeto RG-T4301 do BID Lab, que consiste em apoiar iniciativas e empreendimentos que ofereçam soluções para a redução das emissões de gases de efeito estufa nas cadeias de valor (com atenção especial às emissões do Escopo 3).
1. O Green Catalytic Fund é uma iniciativa liderada pela Latimpacto, em parceria com o Green Climate Fund, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o IDB Lab, a Bayer Foundation e a Coca-Cola. Eles promovem a descarbonização na América Latina e no Caribe, com ênfase especial na Bacia Amazônica.